19 de janeiro de 2014

As You Like It

Autor: William Shakespeare
Ficção | Género: peça de teatro - comédia
Editora: Wordsworth Classics | Ano: originalmente publicado em 1603(?) | Formato: livro | Nº de páginas: - | Língua: inglês

Como me veio parar às mãos: até aqui tinha lido as obras em e-book, já que no ano passado fiz download das obras completas no site do Project Gutenberg, mas entretanto comprei as Complete Works e foi então o livro físico, que é como que a reprodução do First Folio, que li. Não coloco por isso as páginas.

Quando e porque peguei nele: 5 de janeiro de 2014. Era para pegar no Richard II mas soube que ia ser representado e como queria ir ver achei melhor lê-la primeiro. Conta para a Temporada William Shakespeare - Acto III e faz parte de uma antologia, como tenho de ler para o meu desafio anual (tenho de lhe dar um nome :/ ).


Opinião: Coisas que aprendo com Shakespeare: ter cuidado com os irmãos *olha desconfiadamente para o seu* e tios, ter muito cuidado com os tios.

Mais uma vez senti que a leitura das peças deve perder algo para a representação, mas não é por isso que deixo de a achar boa. No entanto, para uma comédia não achei tanta piada como isso. Quer dizer, há situações engraçadas mas não fiquei perdida de riso. Sei que o mal é meu, não devo ler uma peça como um livro pois até a estrutura é diferente e não há a informação de como certas frases são ditas, não há nenhum "disse ela pensativamente" ou coisa do género. Há todo um trabalho por trás, de conhecimento da personagem que o ator ou atriz tem de fazer mas que eu, como mera leitora, geralmente não faço. É o texto, a descrição das suas ações, pensamentos e relações que desenvolve com outros, que me leva a fazer uma análise, coisa que em peças é um pouco mais difícil de fazer.

Mas como disse, é uma boa peça, ou melhor um bom texto, com bons momentos e diálogos (o tão conhecido "All the world's a stage"). Apesar de tudo gostei da Rosalind, que me pareceu muito feminista para a sua época, ainda que precise de se disfarçar de homem. Gostei de como critica o amor cortês, sobretudo a imagem da mulher colocada num pedestal (já no soneto 130 o Shakespeare desafia a convenção e sim, isto foi apenas uma desculpa para andar à procura de um áudio do Tom Hiddleston), mas não é por isso que deixa de sentir amor por Orlando e tentar ajudá-lo a conquistar uma mulher, ainda que seja ela. :D

Achei um pouco estranho como a floresta muda tão rapidamente as pessoas. Se no caso do irmão do Orlando até é compreensível, devido à experiência de quase morte, digamos assim, e de ser salvo pelo irmão, não o achei tanto assim como o Duque Frederick. Mas penso que seja um tema da época, como a Natureza pode subjugar e repor a natural ordem das coisas, assim como dá alguma liberdade que a vida em sociedade (ou na corte) não permite e oferece uma vida mais honesta, mesmo que de trabalho.

Veredito: Se fosse emprestado pouco se perdia com isso. Apesar de tudo gostei bastante, continuo a preferir as tragédias, mas é por darem mais que pensar e serem tão dramáticas (e eu adoro um bom drama :D). Resta agora ver a peça.

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