18 de julho de 2012

Romeo and Juliet [e-book]

Autor: William Shakespeare
Ficção | Género: peça de teatro - tragédia
Editora: Project Gutenberg | Ano: escrito em 1591? | Formato: e-book | Nº de páginas: - | Língua: inglês

Como me veio parar às mãos: tal como Hamlet e Macbeth tenho uma edição em português, mas acabei por fazer download das obras completas no site do Projecto Gutenberg. Entretanto também comprei o livro na Fnac, daí que a leitura deste tenha sido uma mescla de e-book e livro físico.

Quando e porque peguei nele: 26/junho/2012 a 3/julho/2012. Simplesmente apeteceu-me. Conta para os desafios: Temporada William Shakespeare.


Opinião: É a peça que, provavelmente, melhor conheço do autor e, talvez por isso, a que menos me fascinou. Para dizer a verdade, fiquei mesmo “WTF?”, pois apesar de a conhecer não me tinha apercebido de quão jovem era a Julieta nem que a relação se tivesse desenvolvido de forma tão rápida e foi por aí que a coisa não me convenceu. Então o Romeu estava apaixonado por outra e de repente já só vê Julieta à sua frente? É certo que isto dá origem a uma das mais belas citações
Did my heart love till now? forswear it, sight!
For I ne'er saw true beauty till this night.
Mas tenho de concordar com o padre confessor quando ele diz
Is Rosaline, whom thou didst love so dear,
So soon forsaken? Young men's love then lies
Not truly in their hearts, but in their eyes.
E a maneira como se apressam para o casamento! Eu sei que era outro tempo e sabe Deus lido com casamentos de jovens todos os dias, ou não tivesse que falar da Troca das Princesas tendo a Mariana Vitória uns 10 anos e já havia estado noiva, com apenas 3 anos, do Luís XV de França, mas isso não é para aqui chamado. Onde é que eu ia mesmo? Ah pois, eu sei que era normal, muitas vezes casavam jovens e os noivos nem sequer se conheciam, mas não consegui deixar de me lembrar de um meme que por aí anda baseada numa música. A sério! Só pensava em algo como “Hey! I just met you and this is crazy, but meet me tomorrow and we’ll get married, maybe”. Sim, é incrível como a minha mente se lembra das coisas mais parvas...

Apesar do problema com o “insta-romance”, como a Slayra lhe chama, não deixa de ser uma história bonita (o drama! a tragédia!), com uma escrita ainda mais linda. A sério, ando fascinada com a escrita deste senhor. E só uma nota, já não precisei de recorrer à tradução! Agora se isso se deve ao facto de conhecer a história ou já estar a ficar habituada à linguagem, não faço ideia. :P Uma coisa é certa, apesar de já ter as Collected Works em livro, vou continuar a usar o Kindle para ir lendo porque é tão prático ter um dicionário disponível à distância de um click!

Veredito: Vale o dinheiro gasto. Mais um texto desse génio, do que estavam à espera?

Há de seguir-se: The Apothecary’s Daughter de Julie Klassen

4 comentários:

slayra disse...

Creio que o tema desta história em particular é a pressa da juventude e os seus sentimentos inflamados. Certamente que o Romeu e a Julieta achavam que estavam apaixonados, mas se fossem mais velhos percebiam que não era bem assim. Isto de uma pessoa que só conhece a história por alto, mas sabendo que a Julieta só tem 12 ou 13 anos, penso que será a moral da história? >__>

WhiteLady3 disse...

Eu até percebo o porquê de a Julieta apaixonar-se. Fica-se com a ideia de que ela sempre foi muito resguardada, não conhece o mundo, vê um gajo giro e pronto. :P E também há aquela questão de, eles mantiveram tudo em segredo porque as famílias eram rivais. Se tal não acontecesse podiam até apressar o casamento mas não teria sido preciso esconder e tal...

Moral? Não sei se há. Talvez não ser tão impetuoso. Tanto o Tybalt como o Mercutio são impetuosos, e meio doidos, o que leva à sua morte. O amor faz com que Romeu e Julieta também sejam impulsivos e não tenham tanta calma, o que o padre chega a aconselhar "Wisely, and slow. They stumble that run fast."

Diana Marques disse...

Eu também li esta peça o ano passado, acho. Não tanto por não conhecer a história, mas porque queria efectivamente LER as palavras de Shakespeare. Nesse aspecto, foi uma das que mais gostei precisamente por isso, por aquelas declarações de amor sôfrego que tinha de ser concretizado agora-já-imediatamente! É tão munito! ^^

Quanto à escrita, atrevo-me a dizer que deve ser por já estares a ficar calejada em relação ao tipo de linguagem que ele usa. Aconteceu-me o mesmo ao longo dos anos e não era porque os profes se dedicavam a explicar o significado específico de certas palavras ou expressões :P Uma pessoa habitua-se e, como dizia o Fernando Pessoa, "primeiro estranha-se, depois entranha-se!"

WhiteLady3 disse...

Eu estou a gostar tanto de Shakespeare, dou por mim a ter saudades da escrita agora que resolvi fazer uma pausa (que isto de ler muita coisa bonita de seguida também faz mal a uma pessoa :P ) mas este fim de semana queria ver se voltava a pegar numa peça do homem. <3

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