4 de outubro de 2007

Reinos do Norte (Mundos Paralelos, Livro 1)


Autor: Philip Pullman
Género: Fantasia
Editora: Presença | Nº de páginas: 340
Nota: 3/5

Resumo (do site Editorial Presença): Comparado a C.S Lewis, Tolkien ou Lewis Carroll, Philip Pullman assina uma magnífica trilogia intitulada Mundos Paralelos, agora relançada na Colecção Via Láctea que abrange um público mais vasto do que a anterior colecção Estrela do Mar. Neste primeiro volume, estão presentes os ingredientes indispensáveis a um universo fantástico desde o thriller, ao mito clássico, ao conto de fadas, ao suspense, à luta entre o bem e o mal até ao terror mais genuíno e arrepiante. A protagonista é uma menina de onze anos, Lyra, que irá fazer uma viagem perigosíssima às vastidões do longínquo Norte para tentar desvendar os misteriosos acontecimentos que por lá se passam...

Opinião: Uma das críticas que ouvi, vindo de uma pessoa cuja opinião tenho muito em conta, era que este livro era muito infantil. Penso que seja lógico que tal aconteça quando a protagonista é uma jovem de 11 anos, mas não é tão infantil como essa opinião fazia crer. Nem tão fenomenal como dizem outras críticas. Mas sim, é interessante.

Não seria capaz de comparar, com este livro, Philip Pullman a Tolkien. É certo que ambos constroem novos mundos, mas Tolkien cria toda uma nova mitologia, todo um novo mundo, novas línguas, novos seres. Pullman pega na Inglaterra do século XIX, junta-lhe génios e palavras, digamos, algo arcaicas. Mas não estou a tentar tirar-lhe mérito. O mundo que ele construiu não deixa de ser interessante, tal como a história.

O livro segue Lyra Belacqua, uma menina de 11 anos que mora em Oxford com Académicos, que praticam algo como teologia experimental. Já se vê para onde evolui a história… São descobertas novas partículas elementares, ou Pó, que podem colocar em causa certos dogmas da religião vigente no mundo de Lyra, onde a Igreja (supostamente a Igreja Anglicana) detém ainda grande influência. A história segue a um ritmo bastante agradável e conseguindo prender-nos, não se perdendo por aí além com explicações físicas e teológicas complicadas, na verdade parece ao alcance de leigos nessas matérias, e dando a conhecer personagens também interessantes.

O pior chega mesmo no fim. Os últimos capítulos parecem algo precipitados, com personagens a cair do céu (quase literalmente) e alguma confusão em termos de descrições, mas, ao deixar algumas questões em aberto, abre o apetite para o segundo volume.

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